terça-feira

Um CPERS que mobilize para as lutas

O CPERS/Sindicato construiu ao longo de sua história uma importante trajetória de lutas e conquistas. É um dos sindicatos de maior representatividade no país, tendo mais de 86.000 filiados em sua base.
No entanto, temos visto que no último período a entidade tem tido dificuldades em construir uma agenda que de fato coloque o CPERS no caminho das lutas que a conjuntura exige.
O nosso estado vive um duro momento político, sendo o Governo Yeda amplamente rejeitado pelo povo gaúcho. A crise financeira do estado se agrava, a saída encontrada pelo “novo jeito de governar” é o já falido modelo neoliberal.
Segue a política de isenção fiscal que prioriza os grandes e aplica tarifaço para a população. Além da entrega do patrimônio público, como o exemplo da venda das ações do Banrisul. Enquanto isso a UERGS está á míngua, os cortes de investimentos na saúde, na educação e na segurança repercutem no aumento da tensão social. A enturmação tem se mostrado desastrosa, afetando gravemente a qualidade do ensino. Uma turma inchada é o primeiro passo para o abandono escolar. Isso demonstra a total incapacidade político-administrat iva da Yeda e Mariza.
O que a conjuntura exige é um CPERS que incida de forma combativa neste cenário. Impedindo os duros ataques ao patrimônio público e construindo o caminho para as vitórias da classe trabalhadora.
Necessitamos de um sindicato que seja protagonista de um amplo processo de mobilização dos movimentos sociais, estreitando laços com os estudantes, trabalhadores do campo e da cidade e demais setores organizados. Somente dessa forma poderemos reverter à conjuntura a nosso favor.
Somente com um CPERS de lutas poderemos fortalecer a CUT, instrumento fundamental da classe trabalhadora brasileira, e que necessita urgentemente se apresentar como uma entidade que tem lado e quer construir as transformações sociais.
Por isso entendemos que a melhor alternativa para as eleições do CPERS é elegermos a companheira Rejane de Oliveira para a presidência do sindicato. Com isso teremos um sindicato no caminho das grandes mobilizações, que aprofundará a relação social da entidade com a categoria e fortalecer a democracia interna junto à base.
E principalmente, fortalecendo o reconhecimento e a relação da CUT com a base da categoria. Precisamos mais do que simples exercícios de composição “por cima” de chapas que criam maiorias artificiais. O que estamos desafiados a construir é uma outra lógica nos rumos da entidade. O fortalecimento da CUT e do CPERS depende disso e não devemos nos furtar desse compromisso.