sábado

Graves suspeitas na Secretaria municipal de Juventude da capital gaúcha

Os últimos dias tem sido de muitas dúvidas e perguntas que ainda não encontraram respostas. Estamos falando aqui das suspeitas graves que pairam sobre a Secretaria Municipal de Juventude da Prefeitura de Porto Alegre e que até o momento nada foi ainda esclarecido, muito pelo contrário.

Na segunda-feira (dia 12/11) o secretário titular da pasta, Mauro Zacher, se afastou em circunstâncias pouco nítidas, voltando a assumir como vereador na Câmara, emitindo uma nota a imprensa que se resumiu a dizer que seria "por um curto período de tempo, ocasião em que Mauro aproveitará para fazer um balanço do programa ProJovem, na capital". Nada além disso. Coincidência ou não, o seu afastamento se dá no mesmo momento em que a Polícia Federal abre uma investigação sobre a execução deste programa.

O documento divulgado pela juíza Simone Barbizan Fortes, da 3ª Vara Federal e Juizado Especial Criminal da Subseção Judiciária de Santa Maria (que autorizou as prisões efetuadas na terça-feira, durante a Operação Rodin), afirma que as investigações sobre o caso revelaram que, possivelmente, o esquema foi posto em operação pelas mesmas pessoas físicas e jurídicas em relação a outros contratos públicos, por exemplo, no projeto "ProJovem", desenvolvido junto a municípios. Em Porto Alegre, o projeto é gerenciado pelo secretário municipal da Juventude. O site da prefeitura de Porto Alegre informa:
“A estrutura administrativa e operacional de execução do ProJovem na Capital foi desenvolvida pela Prefeitura, por intermédio da Secretaria Municipal da Juventude (SMJ), em parceria com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), pela Fundação Educacional e Cultural para o Desenvolvimento e Aperfeiçoamento da Educação e da Cultura (Fundae)”. A Fundae, junto com a Fatec (Fundação de Apoio, Ciência e Tecnologia), está envolvida no escândalo das fraudes no Detran.

Nesta quarta-feira (14/11) teve mais um ingrediente neste caso. Um grupo de dezenas de estudantes e integrantes de movimentos sociais foram à Câmara de Vereadores para exigir explicações sobre a execução do ProJovem em Porto Alegre O vereador Mauro Zacher não apareceu para fazer os esclarecimentos sobre as suspeitas. A Juventude protestou em frente ao Plenário e ao gabinete de Zacher sem ser ouvida.

A vereadora Margarete Moraes, em nome da Bancada do PT, se manifestou pela realização de uma sindicância para apurar os fatos que envolvem também o processo de eleição do Conselho Tutelar, com denúncias de uso da máquina pública para eleger assessores da Secretaria da Juventude para o Conselho. Para o líder da bancada do PT, vereador Adeli Sell, a volta de Zacher representa seu atestado de culpa e envolvimento com esquemas ilícitos na secretaria. Adeli vem denunciando o envolvimento de Zacher em irregularidades no ProJovem e na Eleição dos Conselhos Tutelares, o que já gerou ao petista ameaças, que preventivamente já pediu proteção policial.

Se antes dessas denúncias, a população já suspeitava que houvesse problemas, afinal uma secretaria com um significativo aporte de recursos, com a Prefeitura recebendo R$ 11 milhões para executar o programa, e a expectativa que se tinha com relação a ela, os resultados até o momento, em termos concretos para a cidade são muito tímidos, para dizer o mínimo. E demanda para isso tem, faltando iniciativas ou vontade política por parte da Gestão Fogaça.

Alías, em meio a esta “sombra” que paira sobre a gestão da Secretaria Municipal de Juventude, um fato tem se destacado, o silêncio do Prefeito Fogaça. Primeiro ele aceitou a saída de Mauro Zacher sem se pronunciar (o que pode vir a ser entendido como um atestado da culpa de Mauro por parte do Prefeito), depois, com mais fatos vindo à tona o silêncio de Fogaça já começa a causar um estranhamento ainda maior. Qual será o envolvimento do Prefeito Fogaça com estes fatos graves ocorridos na sua administração? Tinha o Prefeito conhecimento? E se sabia, por que nada fez? Esperamos alguma explicação do Prefeito para a população, do contrário, já poderíamos supor que algo ainda mais grave se esconde por trás das “paredes” da Prefeitura da capital. A justiça pode tardar, mas não irá falhar.

terça-feira

Por uma escola que transforme

Não é possível se pensar em uma sociedade justa e com distribuição de renda sem priorizar a educação. Para nós, da juventude do Partido dos Trabalhadores, a educação é um dos elementos centrais para pensarmos em uma sociedade onde todas e todos tenham igualdade de oportunidades e condições. Para que isso seja possível, a educação deve ser encarada como prioridade e dever do Estado. Entendemos que a escola, além de ser pública, gratuita e universal, deve incluir os jovens e torná-los protagonistas no processo de transformação da realidade.
Ao contrário do que pregam alguns que vêem os estudantes apenas como números nas estatísticas da secretaria de educação, o aluno e a qualidade do ensino que lhe é prestado devem ser vistos como os principais elementos da escola. Uma instituição, para proporcionar a inclusão, deve estimular a participação e o protagonismo direto na vida da escolar, seja na gestão do espaço físico, na elaboração da grade escolar, ou no aprofundamento das relações da escola com a comunidade em que esta inserida.
Não podemos aceitar, e muito menos de forma passiva, que continuemos a ter escolas que não possuem relação alguma com a realidade que as circundam. É fundamental, que as instituições, sejam um espaço que, além da transmissão do conhecimento para os alunos, cumpram também a sua função social junto às comunidades. Desta forma, teremos escolas muito mais integradas à realidade de seus estudantes e, de fato, com condições de apontar para uma mudança na vida das pessoas.
A construção de um ensino de qualidade não deve ser prioridade apenas dos governos, mas deve contar de uma forma geral com a participação de toda a sociedade. Nós, da Juventude do PT, entendemos que, além disso, os estudantes devem ser ouvidos e participarem sempre das decisões, do contrário, dificilmente mudaremos a cara do nosso ensino. O protagonismo dos estudantes e a educação pública e de qualidade não podem continuar sendo deixados para depois, as mudanças devem iniciar desde já.